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Regência Orquestral ganha nota máxima do MEC

O curso de regência orquestral da Escola de Música (EM) foi recentemente avaliado pelo Ministério da Educação e recebeu conceito máximo, nota 5. Foi o primeiro curso da EM avaliado com nota máxima.

 

Não esquecendo os docentes de outros departamentos, especialmente, os de instrumentos, os de composição e, principalmente, sem esquecer a importância da base da orquestra composta por técnicos aos quais se juntam os alunos de instrumentos que formam a Orquestra Sinfônica da UFRJ, o resultado desta avaliação deve ser creditado ao trabalho desenvolvido com os mesmos objetivos e em conjunto pelos professores Ernani Aguiar e André Cardoso - afastado da Escola, desde julho de 2015 para assumir a Direção Artística do Theatro Municipal do Rio de Janeiro - e pelo professor de regência de banda, Marcelo Jardim, que não só se responsabiliza por algumas turmas de Regência Orquestral, como também divide com os dois outros regentes o trabalho na disciplina Prática de Orquestra.

 Fotos: Divulgação
 
  

 

Convém, contudo, informar que subjacente a este trabalho desenvolvido no dia-a-dia, por todos os citados, outros fatores foram determinantes para que esta importante mensuração e o que ela representa para a UFRJ fosse conferida a este curso da Escola de Música: planejamento; vontade política; e a implantação de uma grade curricular voltada e preocupada em especializar os alunos que chegavam à Escola com diferentes formações, interesses e diversificadas deficiências. O planejamento data de 1998, ano em que André Cardoso e Ernani Aguiar entendendo que não haveria possibilidade de um bom curso de regência orquestral sem uma boa orquestra, traçaram um plano de desenvolvimento. Deste plano faziam parte: aumento no número de técnicos que compõem a base da orquestra; reforma curricular; e compra de equipamentos. A vontade política se converteu em materialidade por decisão do então Reitor da UFRJ, Aloisio Teixeira, que, após exame do plano de desenvolvimento da orquestra a ele apresentado, autorizou a abertura de concursos para que fosse ampliada a base da orquestra que conta atualmente com 40 músicos. A Reforma Curricular, concluída em 2009, foi formatada com um forte viés de conteúdo prático sem, entretanto, se descuidar de uma abordagem teórica sobre questões de ordem interpretativa em um repertório que é básico a todos os cursos de regência dos principais conservatórios e escolas de música do mundo. Mas, esclareceu o Maestro André Cardoso que este repertório foi adequado à realidade da Escola, visto que parte dos alunos chega a ela com deficiências que precisam ser superadas. Para a compra dos equipamentos e instrumentos que servem e são utilizados por todo corpo docente e discente da Escola e não apenas aos músicos da Orquestra Sinfônica da UFRJ, o Maestro André Cardoso recorreu a Editais da FAPERJ e FUNARTE e, em 2014, a Reitoria da UFRJ, na gestão do Professor Carlos Levi, investiu na compra de diversos instrumentos, especialmente de sopros, harpa e percussão. Um outro fator que contribuiu para que a Escola tenha sido agraciada com a nota máxima deve-se ao fato de os alunos egressos do Curso de Regência Orquestral, formados na UFRJ, estarem, de diversas formas, inseridos no restrito mercado de trabalho de regência, desenvolvendo bem suas carreiras. Mesmo enfrentando condições adversas no que diz respeito às instalações físicas do Prédio I da Escola, onde aos alunos são ministradas as aulas de instrumentos e é ministrada a prática de orquestra, a soma de todos estes fatores foi, com certeza, decisiva para que os avaliadores do Ministério da Educação percebessem que o Curso de Regência Orquestral funciona, atende aos alunos, concede formação adequada, mesclando uma reflexão teórica com intensa atividade prática, realizada diretamente com a orquestra em concertos e óperas.

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