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Theatro Municipal apresenta O Menino Maluquinho

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em sua penúltima temporada do ano de 2015, nos dias 5, 6, 10, 11, 12 e 13 de dezembro, leva à cena O Menino Maluquinho. Nos dias 5, 10 e 11 as récitas serão às 20h, nos dias 6 e 12 às 17h e no dia 13 às 11h30 e 17h. O libreto desta ópera é do autor da consagrada obra literária de mesmo título Ziraldo Alves Pinto, e de sua discípula Maria Gessy de Sales. A música é do compositor, membro da Academia Brasileira de Música, regente e professor de Regência e Prática de Orquestra da Escola de Música da UFRJ, Ernani Aguiar.

 Fotos: Divulgação
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 Ziraldo, acima, com intérpretes e membros da produção; e, abaixo, com os meninos maluquinhos Tiê Kuhl e Pedro Mendes durante sessão de fotos do espetáculo.

 

ara dizer da importância deste compositor no cenário musical e desta ópera, não vou citar o significativo número de peças musicais por ele compostas que se distribuem em concertinos, sinfonietas, sonatas, sonatinas, salmos e sonetos para coros e noturnos. Não vou também enumerar os espaços destinados à execução de música clássica, no Brasil e no exterior, nos quais suas obras foram apresentadas e onde ele atuou como regente. Em vez disso, opto por registrar, no que se segue, parte do que disse, em entrevista, o Diretor Artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, maestro André Cardoso. "A maior parte do repertório dos teatros destinados à encenação de óperas pertence aos séculos XIX e início do XX. E, se fizermos um levantamento de quantas óperas de compositores brasileiros foram exibidas no Theatro Municipal do Rio de Janeiro nas últimas décadas, o número reduzidíssimo obtido nessa estatística demonstra, em proporção infinitamente inversa a ele, a importância deste compositor que tem sua ópera apresentada em uma temporada deste teatro." Destacou ainda, que esta ópera revela um outro fator de grande importância que é o de Ernani Aguiar propiciar a crianças e jovens o contato com este tipo de arte, sempre equivocadamente associado a um público mais velho, ou, que pela própria indefinição do termo, chamam de público de elite. A ópera O Menino Maluquinho foi criada em 1993 e sua estreia mundial foi em 2003, no Teatro Central de Juiz de Fora, com um público de quatro mil pessoas, nas duas récitas realizadas num só dia. Na resposta à pergunta sobre o motivo que o impulsionou a compor uma ópera com todas as cenas de uma obra literária destinada ao público infanto-juvenil, Ernani Aguiar tornou público que a ideia não tinha sido dele e sim do maestro David Machado que, em seu julgamento, foi um dos maiores maestros do Brasil e de quem ele fôra assistente. Contou que a origem da ópera foi a Cantata para Coro Infantil e Orquestra que estreou em 1989, na Sala Cecília Meireles, com o Coral Infantil e a Orquestra Sinfônica Jovem do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Naquela oportunidade, a preparação vocal do coro coube a Maria José Chevitarese e a preparação musical foi de responsabilidade de Elza Lakschevitz. Acrescentou que só na Cantata a regência da orquestra foi dele, pois a ópera em sua estréia mundial contou com a regência do maestro Roberto Duarte, que estará também à frente da atual produção, e sabe muito mais desta ópera do que ele, o compositor. Ao responder se havia enfrentado algum desafio ao transpor a cantata para a ópera, e, do por que da estreia mundial da ópera ter sido realizada no já citado município mineiro, Ernani Aguiar contou com orgulho que não havia encontrado nenhuma dificuldade. Relatou também que, depois do sucesso da cantata, o maestro David Machado que, infelizmente, morreu sem ver a ópera encenada, sugeriu ao Ziraldo e a ele a criação da ópera. Por Ziraldo e David Machado serem mineiros e tudo girar em torno de Minas, a ópera teve lá estreia. Mas, quando se trata de noticiar a penúltima temporada do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no ano de 2015, é conveniente acrescentar outros fatos aos que já foram mencionados para apontar a importância da Escola de Música em seu amplo escopo institucional de produção, transmissão de conhecimento e de formação profissional. O autor da ópera, Ernani Aguiar, além do que foi dito, é também o mestre e o regente dos músicos e alunos que formam a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que nesta penúltima temporada do Theatro do Municipal será responsável pela execução de sua ópera. O regente e diretor musical do espetáculo, maestro Roberto Duarte, foi professor de alguns dos músicos da orquestra e também da maestrina Maria José Chevitarese, idealizadora, preparadora vocal e regente do Coro Infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro que é formado por quarenta e oito crianças que estarão interpretando os amigos do Menino Maluquinho. Dentre as personagens da ópera, as três bruxas são interpretadas por Mariana Gomes, Luisa Kurtz e Beatriz Simões. O papel da mãe do Menino Maluquinho é desempenhado por Flávia Fernandes, todas alunas da Escola de Música. Os papéis da professora e da babá do Menino Maluquinho são desempenhados por Vivian Delfini que é aluna do Programa de Pós-Graduação da Escola de Música da UFRJ. E o papel do Tempo, que acompanha o menino desde o nascimento até a fase adulta, sem deixar que ele perca o seu lado lúdico, como se fosse o amigo do bem, e os papéis de Simbá e do Fantasma são representados por Marcelo Coutinho, professor de Canto e Prática de Conjunto Vocal da Escola de Música da UFRJ.

MENINO MALUQUINHO: A ÓPERA CORAL INFANTIL DA UFRJ E ORQUESTRA SINFÔNICA DA UFRJ Música – Ernani Aguiar
Libreto – Maria Gessy de Sales com base no livro de Ziraldo Alves Pinto
Coprodução Theatro Municipal do Rio de Janeiro,
FBL Criação e Produção e Dell'Arte
Cenografia – Daniela Thomas e Camila Schmidt
Iluminação – Jorginho de Carvalho
Coreografia – Renato Vieira
Direção Cênica – Sura Berditchevsky
Direção Musical e Regência – Roberto Duarte
Figurino – Pedro Sayad 5, 10 e 11 DEZ, ÀS 20h
6 e 12, ÀS 17h
13 DEZ, ÀS 11h30 e 17h Solistas:
Menino Maluquinho
Tiê Kuhl, sopranino
Pedro André Bedeschi Mendes, sopranino

Julieta
Carolina Morel, sopranino
Isabele Lopes, sopranino Bocão
Diogo Dias, sopranino
Paulo Vinícius Pantaleão, sopranino Tempo / Simbá / Fantasma
Marcelo Coutinho, barítono Saci
Geilson Santos, tenor Professora / Babá
Vívian Delfini, mezzo-soprano Pai / Porteiro
Guilherme Moreira, tenor Mãe
Flávia Fernandes, soprano Avó
Lily Driaze, mezzo-soprano Avô
Fabrizio Claussen, barítono Bruxas
Luisa Suarez, soprano
Mariana Gomes, soprano
Beatriz Simões, mezzo-soprano Participação Especial:
Associação de Canto Coral
Regente titular – Jésus Figueiredo Coral Infantil da UFRJ
Regente titular – Maria José Chevitarese

 

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