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“Um projeto da Escola de Música e não de gestões”

A reforma dos edifícios da Escola de Música (EM) entrou em nova fase. Com término marcado para abril do ano que vem, a etapa prevê a restauração das quatro fachadas e de todo telhado do atual prédio de aulas; da fachada dos fundos do Salão Leopoldo Miguez, onde fica parte do Órgão Tamburini, e de sua fachada lateral que dá para o Automóvel Clube do Brasil. Serão demolidos os anexos que não são protegidos pelo Conselho Municipal de Tombamento, incluindo o chamado Diretório, onde estavam as salas dos instrumentos de sopros, percussão e iniciação musical. Irão abaixo ainda a cantina, que data da década de 1980, o pequeno prédio situado nos fundos do de aulas e a construção que abrigava o site das antenas de uma empresa de telefonia. A demolição destes anexos permitirá que o prédio de aulas retome suas características arquitetônicas originais e criará espaço para o novo prédio de aulas a ser construído.

 

 
Foto: Rafael Reigoto
 Obras em andamento
  

Quando esta fase estiver sendo finalizada será feita a licitação da etapa seguinte, informa o diretor da EM, professor André Cardoso. Cardoso lembra que processo de restauração e ampliação começou há mais de dez anos, ainda na gestão João Guilherme Ripper. - Considero importante que o projeto de reforma tenha continuidade. Dei continuidade ao que existia. Não inventei um projeto novo para a minha gestão, dei sequência ao que vinha sendo feito. Considero também importante que se tenha uma perspectiva de longo prazo, para que as coisas não se interrompam. Se a cada momento for mudado, não vai dar certo. Este é um projeto da Escola de Música e não de gestões. Quando assumiu em 2007, recorda, as obras do Salão Leopoldo Miguez estavam suspensas. Faltava todo o piso da plateia, dos balcões e o palco, interditado judicialmente. Não havia poltronas para a plateia. A questão judicial foi resolvida, as obras do Salão concluídas, novas poltronas e cortinas instaladas. "Hoje o Salão funciona plenamente", diz com orgulho, e acrescenta a modernização do Órgão Tamburini como outra de suas realizações. Andrea Borde, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, está à frente da concepção e coordenação do projeto de ampliação e restauro do conjunto arquitetônico da Escola de Música da UFRJ, juntamente com o arquiteto Paulo Bellinha, diretor da Divisão de Preservação de Imóveis Tombados da universidade e responsável técnico. Ele atende às exigências do Patrimônio Público Municipal, respeita critérios de acessibilidade e melhora a usabilidade das instalações, afirma Cardoso. - É um projeto muito grande que envolve a restauração dos dois prédios já existentes e a construção de um novo. Cada prédio passará a ter uma função. No principal, voltado para a Rua do Passeio, ficarão as atividades artísticas nas salas de concertos. O atual prédio de aulas será basicamente dedicado às atividades administrativas e o novo edifício receberá salas de aulas e laboratórios. Abrigará ainda uma subestação que resolverá de vez nossos problemas de energia elétrica. Estamos finalizando o orçamento para a contratação do projeto executivo. Durante as obras parte das atividades da Escola migrará para dois andares na Praia do Flamengo, 200, permutados com a FINEP, que ocupará, por sua vez, andar de propriedade da UFRJ no edifício Ventura, na Av. Chile. Para lá irá a maioria dos setores administrativos, além da biblioteca, laboratórios e salas de aulas coletivas. As aulas de instrumentos, canto e de conjuntos, orquestras, coros e grupos de câmara permanecerão nos prédios da Lapa. Os espaços dos setores administrativos desocupados serão transformados em salas de aulas. - A conclusão do projeto vai levar ainda alguns anos em razão do ritmo no qual as coisas caminham no serviço público, preso a uma legislação amarrada e impeditiva, lamenta o diretor da EM. Mas contamos com a dedicação e o empenho dos profissionais do Escritório Técnico (ETU), dirigido pelo Márcio Escobar, especialmente com os arquitetos Paulo Bellinha e Maurício Marinho, além do apoio da Prefeitura Universitária e da equipe comandada pelo Paulo Mário Ripper.

Correspondência

Escola de Música da UFRJ
Edifício Ventura Corporate Towers
Av. República do Chile, 330
21o andar, Torre Leste
Centro - Rio de Janeiro, RJ
CEP: 20.031-170

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