Foto: Divulgação/MVIM | |
Tíbia: flauta asteca feita a partir de um osso humano é uma das peças curiosas do MVIM. |
Como já existia na universidade o Museu Instrumental Delgado de Carvalho (MIDC), vinculado à Escola Nacional de Música da UFRJ, desativado desde 2008, o projeto está buscando reativá-lo, reestruturá-lo e ampliá-lo, com recursos do edital de?Apoio à Produção e Divulgação das Artes no Estado do Rio de Janeiro, da FAPERJ. Segundo a coordenadora Adriana Olinto Balleste, o primeiro passo foi restaurar e limpar as peças da coleção, de modo a catalogá-las de forma digital com fotos e com novas etiquetas. Depois, um intenso trabalho de pesquisa foi, e continua sendo, realizado para agregar mais informações sobre cada um dos instrumentos. "No ambiente virtual, onde tudo isso foi agrupado, podem ser encontradas informações detalhadas, imagens, áudios e vídeos de cada instrumento", comemora Adriana, formada em ciências sociais, com doutorado em música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
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Para Adriana, o museu virtual cria dinamismo entre o conhecimento e seu visitante. |
Foto: Divulgação/MVIM | |
De origem indiana, o sarangi é um dos instrumentos da família dos cordofones |
A pesquisadora ressalta que o museu virtual foi todo pensado para facilitar a navegação dos visitantes e estimular todos os sentidos possíveis. Dessa forma, sempre que possível, foram acrescentados os áudios que mostram o som daquele instrumento, bem como vídeos de como ele é tocado, além de fotos e textos informativos. "O acréscimo de informações aprofundadas e de bibliografias recomendadas tem como objetivo atender principalmente a demanda de alunos e de pesquisadores de música, que sempre procuram mais conhecimentos sobre o assunto", afirma Adriana, que destaca o trabalho de pesquisa da bolsista da FAPERJ dedicada ao projeto, Álea de Almeida.
Um dos objetivos futuros de Adriana é ampliar o número de itens do museu, inclusive adicionando instrumentos tipicamente brasileiros, como cavaquinho, violões modernos e cuíca, entre outros. Outra meta é agregar ao museu um espaço lúdico, com jogos interativos, voltado para atrair o interesse dos estudantes, visto que a disciplina de música passou a ser obrigatória nas escolas da rede pública. "Também estamos pensando organizar, como atividades complementares, a apresentação de orquestras formadas por alunos e professores. Muitos dos nossos instrumentos estão em perfeito estado de conservação e podem ser perfeitamente tocados", aposta.
Segundo Adriana, nos planos dos pesquisadores envolvidos está também, quem sabe um dia, reabrir o museu em um espaço físico. Enquanto isso não é possível, foram adquiridas capas específicas para cada instrumento e armários próprios para acondicionar adequadamente todo o acervo. "Embora seja importante a recuperação dos museus físicos, isso não invalida a importância de se ter uma coleção virtual, que é um museu sem fronteiras, capaz de criar um dinamismo entre o conhecimento e o seu visitante", conclui.
© FAPERJ - Matéria, assinada por Elena Mandarim, publicada (30/10/2014) no site da FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.
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