Música Antiga em Concertos UFRJ |
![]() |
![]() |
![]() |
Escrito por SeTCOM | |||||||||||||
Dom, 01 de Janeiro de 2012 17:26 | |||||||||||||
O primeiro programa Da temporada 2012 de Concertos UFRJ aborda a chamada música antiga com peças de compositores dos séculos XVII e XVIII dos períodos barroco e clássico. Os destaques são obras de Corelli e Mozart executadas pela Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) sob a direção de Felipe Prazeres. As gravações foram feitas ao vivo no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música no dia 17 de novembro de 2011 durante o I Festival de Música Antiga da UFRJ.
Resultado de um convênio da UFRJ com a Roquette Pinto, o programa vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM, sob o comando de André Cardoso, regente titular da OSUFRJ.
A primeira peça do programa foi uma obra de Arcangello Corelli, violinista e compositor italiano do período barroco que viveu entre 1653 e 1713. Sua carreira se desenvolveu na cidade de Roma, onde atuou, sobretudo, como violinista virtuose e professor. Entre seus alunos, expoentes da música barroca italiana como Geminiani e Vivaldi.
A obra de Corelli engloba seis antologias de peças de grande brilho instrumental e de refinado tratamento harmônico. Suas contribuições mais relevantes são, porém, seus 12 concerti grossi - forma que se caracteriza pelo contraste entre o grupo de instrumentos solistas e o tutti orquestral. Nos concertos de Corelli, o primeiro violino se destaca e sugere em muitas passagens a textura do concerto solista, assim como o contraste entre os grupos se caracteriza pelas respostas em eco. Seus 12 Concertos Grossos, op. 6, podem ser divididos em dois grupos. Os oito primeiros são escritos em forma de sonata da chiesa, em geral numa sequência de quatro movimentos em que se alteram andamentos lentos e rápidos, sendo o último deles, o op. 6 no 8, o mais célebre e conhecido como “Concerto de Natal” por incluir uma pastoral. Os demais seguem o estilo da sonata da câmera, movimentos de dança em forma de suíte precedidos por um prelúdio. O concerto veiculado no programa foi o no 4, op. 6, composto por quatro movimentos: Adagio – Allegro; Adagio; Vivace; e Allegro – Giga: Presto. Os solistas: Felipe Prazeres e Adonhiran Reis, nos violinos, e Mateus Ceccato, no violoncelo. Mozart forma com Joseph Haydn e Ludwig van Beethoven a trinca de compositores mais representativos do classicismo musical e suas obras praticamente definem o estilo. Mozart nasceu na cidade de Salzburgo em 1756 e durante a infância percorreu a Europa em turnês intermináveis organizadas por seu pai Leopold Mozart, que exibia o filho como criança prodígio. Com o passar dos anos, o virtuose deu origem ao compositor que, em pouco mais de 36 anos de vida, escreveu mais de seiscentas composições, que marcaram a tradição musical do ocidente.
A Sinfonia Concertante em Mi bemol para violino e viola K 364, a primeira obra do compositor apresentada na edição de Concertos UFRJ, foi uma das últimas escritas por Mozart antes de deixar Salzburgo e tentar a sorte como criador autônomo em Viena. Composta em 1779, não se sabe em quais circunstâncias, a escolha de uma forma em voga em Paris, denota influências francesas. Já a opção pelo violino e, especialmente, pela viola como instrumentos solistas sugerem ideias da Escola de Manheim. A obra funciona como uma espécie de concerto duplo, onde os dois instrumentos exibem o mesmo nível de dificuldade e protagonismo. O gênio de Mozart, entretanto, supera as influências mencionadas e os limites do gênero, criando uma obra onde a riqueza da escrita instrumental é reforçada pela beleza melódica.
As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .
|
|||||||||||||
Última atualização em Seg, 14 de Maio de 2012 18:51 |
Nacionais |
Internacionais |
Partituras e Instrumentos de Pesquisa |